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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sobre a AMÉRICA ÍNDIA


http://www.artigonal.com/politica-artigos/o-destino-da-america-agora-se-joga-em-honduras-1287755.html

O Destino Da América Agora Se Joga Em Honduras

ESTRATÉGIA & ANÁLISE

O destino da América agora se joga em Honduras

28 de setembro de 2009, da Vila Setembrina, Bruno Lima Rocha

Nas seguintes linhas, aponto algumas reflexões iniciadas no calor das horas seguintes ao retorno de Zelaya ao solo hondurenho. Segui observando e tomando notas nos dias seguintes, quando a embaixada do Brasil tornou-se o epicentro do terremoto político centro-americano. Abordo o tema a partir de um ângulo distinto da visão majoritária. Busco, através do presidente deposto, localizar os protagonistas organizados nas entidades de base e organizados na Frente Nacional de Resistência.

Três golpes em sete anos: o Império perdeu dois e periga perder mais um

Nos últimos sete anos, três intentos de golpe de Estado foram praticados por oligarquias latino-americanas coordenadas, de forma oficial ou oficiosa, pelos Estados Unidos (EUA), através do Departamento de Estado, o Comando Sul e agências como CIA e DEA. O primeiro foi na Venezuela, em abril de 2002, cercando o cholo Hugo Chávez no Palácio Miraflores e resultando em uma pueblada, com Caracas em pé de guerra e as forças armadas divididas. Chávez voltou ao poder, derrotou os escuálidos e aprofundou o estilo de governo. Sem dúvida alguma, após a vitória contra os golpistas e a derrota sobre a direita após o locaute petroleiro, o povo dos bairros e morros passou a ofensiva, forçando o governo a aprofundar o processo de divisão de ingressos e rendas.

Outro intento ocorreu na Bolívia, em setembro de 2008, através de oligarquias da chamada Meia Lua. Nesta ocasião, o véu caíra e um dos líderes públicos da oligarquia cruceña veio a público. Trata-se do notório traficante de drogas e latifundiário de soja, Branko Gora Marinkovitch Jovicevic; nascido na Bolívia, filho de croatas pró-nazis e formado na Universidade do Texas. O então presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, fomentara uma rebelião de direita, movida a chicha e cerveja de litro, pregando a secessão do país “produtivo” contra os “lerdos” do altiplano. A aventura terminara no Massacre de Pando e no cerco estratégico de colunas populares a algumas capitais separatistas. O governo do aymará Evo Morales foi obrigado a se mexer, uma vez que duas colunas de camponeses e mineiros cercaram a capital da secessão camba, Santa Cruz de la Sierra. A terra de Túpac Katari e Inti Peredo quase viu a derradeira guerra de libertação anti-colonial. Não foi daquela vez e a legalidade republicana vêm sobrevivendo desde então.

Na terceira tentativa, os poderes hondurenhos, através das forças armadas treinadas sob influência da Escola das Américas, derrubaram o presidente eleito. Não é um golpe como os do período da Guerra Fria e sequer se aparece com o autogolpe do nipo-peruano Alberto Fujimori, em abril de 1992. José Manuel Zelaya Rosales foi derrubado por um golpe cívico-militar em 28 de junho deste ano. Justo no domingo de manhã, dia em que se convocava uma consulta a respeito da necessidade ou não de uma Assembléia Nacional Constituinte, o presidente eleito pelo Partido Liberal de Honduras (PLH), foi cercado em sua residência e levado preso para a Costa Rica. A partir deste dia até o retorno na última segunda- feira (22/09) ao país, Zelaya praticou uma intensa atividade diplomática, recheada de alianças pontuais e duplo discurso. A motivação fática dos oligarcas bananeros de sempre nas Honduras é a legalidade constitucional.

Parece que se inspiram na possibilidade de repetirem o ano de 1955 na Argentina. Uma vez derrubado Juan Domingo Perón através do golpe mais à direita (gorilas, liberais, socialistas e comunistas pró-Moscou) iniciado em 16 de setembro, o peronismo/justicialismo ficou proibido de participar – ao menos em sua integralidade – das eleições subseqüentes. Se Zelaya não voltasse, essa seria a linha adotada pelo presidente golpista Roberto Micheletti, pelo general torturador Romeo Vásquez (o ex-chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas hondurenhas, destituído dias antes do golpe) e o governo exterior em paralelo comandado pelos ultra-conservadores yankees encastelados no Departamento de Estado e no Comando Sul do Império.


Em Honduras, há uma bomba de tempo acionada

Há momentos na trajetória de um país que a tomada de decisão é fundamental. No caso de Honduras, apesar e além de todas as alianças e manobras diplomáticas realizadas pelo presidente deposto José Manuel Zelaya Rosales, havia um fator estratégico. Esse fator tem um nome e se chama correr riscos. Se a liderança do presidente constitucional queria manter-se legítima, o latifundiário convertido em líder popular teria que lutar, pôr na reta e arriscar a vida. O país sofreu um golpe, através de um exército fiel e leal a Escola das Américas que o treinou, e subordinado aos poderes instituídos sob controle da oligarquia local. Esse é o tipo de tropa que não brinca e não se arrepende. Todo golpe de Estado é sinônimo de violência e perigo. Para recuperar partes de este poder, havia que jogar com todas as possibilidades, inclusive de vida. E, Zelaya, quando cruzou a fronteira e refugiou-se na embaixada brasileira em Tegucigalpa, chamou para si esta carga.

Muitos analistas duvidavam da capacidade do político de carreira do Partido Liberal de Honduras (PLH) em aceitar o desafio que lhe fora imposto. Os dois primeiros blefes de que retornaria ao país sem sequer passar da fronteira com a Nicarágua reforçaram este ponto de vista. Confesso que estava cético também, e errei. Detalhe, isso não converte José Manuel em José Martí ou José Gervasio e nem nada parecido. Ele é a última esperança de um processo de divisão de um pouco de renda e riqueza e de um desenvolvimento capitalista parcialmente autônomo. À esquerda dele, no miolo e no seio da Frente Nacional de Resistência, tem gente muito séria, peleando duro e mirando longe, indo além dos horizontes da democracia liberal-burguesa, apontando objetivos finalistas de democracia de tipo direta e insubordinação do país ao negócio de plataforma de exportação primária para o Império. Foi essa a parcela de hondurenhos que obriga Zelaya a mover-se. E, para surpresa de muitos, incluindo este que escreve, ele o fez.

Em situações limite, a qualidade da liderança política também implica em sua pré-disposição pessoal para jogar duro e transitar nas parcelas cinzentas das estruturas e alianças internacionais e continentais. Não tenhamos ilusões, ninguém faz política no exílio sem infra-estrutura, recursos e segurança individual. Dada a procedência dos militares hondurenhos, a possibilidade de ser assassinado era e é uma constante. Se o magnicídio é falado aberta e publicamente nos meios de comunicação oligárquicos da Venezuela, o que dirá nas sombras de janelas de fundos de quartos de hotel e casas de apoiadores nas zonas de fronteira. O ex-presidente tem estafe de confiança, e com certeza bons contatos entre oficiais militares de seu país. Ainda assim, para cruzar a fronteira de um pequeno país extremamente vigiado, houve defecção e acerto entre setores castrenses.

Durante os oitenta e seis dias que peregrinou pela América Central e indo aos foros diplomáticos adequados, Zelaya contou com logística e um aparato de inteligência operando para ele. Caso contrário, nem vivo estaria. Mesmo um ex-presidente deposto passa dificuldades e todo aparelho político – ainda mais no exílio – custa caro. Sem infra e recursos, nada mais se faz do que testemunhar a decadência de um projeto político. Não foi esta a alternativa de Zelaya, dada a velocidade com que se movia. Os países do Continente estão jogando com a possibilidade de frear a tentativa de contra-ofensiva do Império. E o epicentro agora está em Honduras. Essa constatação reforça a tese do apoio direto ou indireto de governos e administrações latino-americanas. Certamente para isso, contou com aliados diversos e muitas vezes disputando liderança na mesma região. Tal é o caso entre Brasil (finalmente!) e a Venezuela, que já vinha dando sustentação ao seu governo a partir das negociações lícitas do preço do barril de petróleo e em operações de tipo corações e mentes, como a Operación Milagro, onde idosos eram operados gratuitamente (como deve ser) de cataratas e outras enfermidades curáveis nos olhos.

Mas, nesse breve exílio, o presidente deposto teve de ter habilidade nas regras da política tradicional. Oscilando entre grupos, Zelaya joga um pouco como franco-atirador na política, embora pareça mais fanfarrão do que é. Primeiro sinalizou estar favorável ao Acordo de San José, coordenado pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias. Neste texto, constava a anistia para os golpistas e o abandono da convocatória de uma Assembléia Constituinte. Se esta vergonha vingasse, estava aberta a porteira para uma série de golpes institucionais ou então possibilidades jurídicas como “destituintes” dos governos eleitos. Por sorte, logo após o anúncio por Mr. Arias, vociferou estar contra o texto e o “consenso” – cujo preço era tentar “pacificar” a resistência - para o retorno.

O que há de inusitado é a reação do presidente destituído. Na maioria das vezes, líderes de tradição oligárquica, mesmo com apoio popular, não arriscam a desintegração da ordem social para recuperar uma parcela do poder político. Tal foi o caso do ex-presidente brasileiro deposto João Goulart, por exemplo. Diante da possibilidade de divisão das forças armadas e guerra civil na defesa de seu governo e do processo democrático-liberal, Jango roncou baixo e não acionou a cadeia de comando entre militares ainda leais a ele. Não tivemos “guerra civil” no Brasil, mas pagou-se o preço de mais de quarenta mil torturados, presos políticos, desaparecidos e vinte e um anos de ditadura. O preço foi alto demais para manter a ordem social em detrimento da ordem política. Fiquemos atentos, porque esse tipo de manobra ainda pode ocorrer com Zelaya. Se bem que, sejamos justos, a cada dia que passa as margens para tomar esse tipo de decisão se reduzem.

Quem luta em Honduras e como se informar desta epopéia cívico-popular

Não me surpreende as multidões nas ruas de Tegucigalpa e de outras cidades hondurenhas. Desde o dia 28 de junho leio diariamente a mídia alternativa hondurenha, Apesar da desinformação pela qual passamos, é possível furar o bloqueio midiático. Por um lado, acompanhava a Frente Nacional de Resistência através de meios hondurenhos alternativos, como o excelente projeto Habla Honduras, ou nas transmissões de rádio web da Rádio Feminista ou da Rádio Liberada. As fotos, vídeos e transmissões radiofônicas não deixam dúvidas. Estamos diante de uma peleia popular e com dimensão gigantesca para as proporções do país.

A pauta central das entidades e organizações que compõem a Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe é a nova constituição e a pulverização do poder. Este se concentra tanto na oligarquia hondurenha como nas suas sócias majoritárias, transnacionais de mineração ou bananeiras como a estadunidense Chiquita, ex- United Fruit
(leia aqui as denúncias em castelano). Chávez, Lula e até Obama sabem que Manuel Zelaya sabe que está sentado sobre uma bomba relógio. Por um milagre de São Óscar Romero, dessa vez o Brasil e sua diplomacia se comportaram a altura de quem quer ser líder na região. Este país, que se arvora de neutro nos conflitos, foi o mesmo que ajudou a exportar a Doutrina das Fronteiras Ideológicas, enviando torturadores aos quatro cantos do Continente, além de haver participado ativamente na Operação Condor. Espera-se que a medida de receber o presidente deposto na embaixada de Tegucigalpa comece a mudar as práticas do Itamarati.

Concluindo a análise

Honduras está próximo de um conflito em larga escala, podendo resultar numa rebelião popular sem precedentes. Espera-se que o povo Hondurenho em geral, e a Frente Nacional de Resistência em particular, estejam preparados para uma luta de longo prazo. No curto prazo, derrotar os golpistas tem um significado estratégico para toda América Latina.

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Estratégia & Análise: a política, a economia e a ideologia na ponta da adaga.

Expediente

Editor Bruno Lima Rocha

Revisão, diagramação e envio: André Carvalho, Lisandra Arezi.

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Agradecemos a publicação deste artigo, sempre citando a fonte e solicitamos o favor de enviar para nosso endereço eletrônico o LINK da página onde o texto foi reproduzido. Caso não queira mais receber os artigos, por favor, envie e-mail para estrategia.analise@gmail.com.

Gratos pela atenção: Estratégia & Análise e Equipe.

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Perfil do Autor

Sou estudante no 5º semestre de Publicidade e Propaganda na Unisinos/RS. Trabalho em um site de economia política, escrevendo e diagramando artigos sobre este tema.

Sou arte-finalista em uma serigrafia. Sou mãe, dona de casa e mulher cristã. Amo tudo que faço porque faço com carinho.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Em 2005 fazia parte do sistema solar. Este ano dizem que é de outro sistema. A questão é saber quais informações são verdadeiras.

sky telescopes
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http://www.skyandtelescope.com/news/3310526.html?page=1&c=y
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10th Planet Discovered

7.29.2005


Astronomers have found a new planet in the outer reaches of the solar system.
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July 29, 2005: "It's definitely bigger than Pluto." So says Dr. Mike Brown of the California Institute of Technology who announced today the discovery of a new planet in the outer solar system.

The planet, which hasn't been officially named yet, was found by Brown and colleagues using the Samuel Oschin Telescope at Palomar Observatory near San Diego. It is currently about 97 times farther from the sun than Earth, or 97 Astronomical Units (AU). For comparison, Pluto is 40 AU from the sun.

Right: An artist's concept of the new planet. [More]

This places the new planet more or less in the Kuiper Belt, a dark realm beyond Neptune where thousands of small icy bodies orbit the sun. The planet appears to be typical of Kuiper Belt objects--only much bigger. Its sheer size in relation to the nine known planets means that it can only be classified as a planet itself, Brown says.


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Backyard astronomers with large telescopes can see the new planet. But don't expect to be impressed: It looks like a dim speck of light, visual magnitude 19, moving very slowly against the starry background. "It is currently almost directly overhead in the early-morning eastern sky in the constellation Cetus," notes Brown.

The planet was discovered by, in addition to Brown, Chad Trujillo, of the Gemini Observatory in Mauna Kea, Hawaii, and David Rabinowitz, of Yale University, New Haven, Connecticut. They first photographed the new planet with the 48-inch Samuel Oschin Telescope on October 31, 2003. The object was so far away, however, that its motion was not detected until they reanalyzed the data in January of this year. In the last seven months, the scientists have been studying the planet to better estimate its size and its motions.

"We are 100 percent confident that this is the first object bigger than Pluto ever found in the outer solar system," Brown adds.



Right: The new planet, circled in white, moves across a field of stars on Oct. 21, 2003. The three photos were taken about 90 minutes apart. Image credit: Samuel Oschin Telescope, Palomar Observatory. [More]

Telescopes have not yet revealed the planet's disk. To estimate how big it is, the astronomers must rely on measurements of the planet's brightness. Like all planets, this new one presumably shines by reflecting sunlight. The bigger the planet, generally speaking, the bigger the reflection. The reflectance, the fraction of light that bounces off the planet, is not yet known. Nevertheless, it is possible to set limits on the planet's diameter:

"Even if it reflected 100 percent of the light reaching it, it would still be as big as Pluto," says Brown. Pluto is 1400 miles (2300 km) wide. "I'd say it's probably [about] one and a half times the size of Pluto, but we're not sure."

The planet's temporary name is 2003 UB313. A permanent name has been proposed by the discoverers to the International Astronomical Union, and they are awaiting the decision of this body before announcing the name. Stay tuned!



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Em português (babel fish)

10o Planeta descoberto 7.29.2005 Os astrónomos encontraram um planeta novo nos alcances exteriores do sistema solar. + áudio do jogo + áudio de transferência + en Español de Historia + email a um amigo + junte-se à lista de endereços Julho 29, 2005: "
It' s definitivamente mais grande do que Pluto." Diz assim o Dr. Mike Brown do Instituto de Tecnologia de Califórnia que anunciou hoje a descoberta de um planeta novo no sistema solar exterior. O planeta, que hasn' t nomeado oficialmente ainda, foi encontrado por Brown e por colegas que usam o telescópio de Samuel Oschin no obervatório de Palomar perto de San Diego. É atualmente aproximadamente 97 vezes mais distante do sol do que a terra, ou 97 unidades astronômicas (AU). Para a comparação, Pluto é o AU 40 do sol. Direita: Um artist' conceito de s do planeta novo. [Mais] Isto coloc o planeta novo mais ou menos na correia de Kuiper, um reino escuro além de Netuno onde os milhares de corpos gelados pequenos orbitam o sol. O planeta parece ser típico de objetos da correia de Kuiper--somente muito mais grande. Seu tamanho completo com relação aos nove planetas conhecidos significa que pode somente ser classific como um planeta próprio, Brown diz. Assine acima para a entrega EXPRESSA da NOTÍCIA da CIÊNCIA Os astrónomos do pátio traseiro com grandes telescópios podem ver o planeta novo. Mas don' t espera ser imprimido: Olha como uma salpicadura não ofuscante da luz, valor visual 19, movendo-se muito lentamente de encontro ao fundo estrelado. " É atualmente quase diretamente aéreo no céu oriental do early-morning na constelação Cetus, " notas Brown. O planeta foi descoberto por, além do que Brown, República do Tchad Trujillo, do obervatório dos Gemini em Mauna Kea, em Havaí, e em David Rabinowitz, da Universidade de Yale, New Haven, Connecticut. Fotografaram primeiramente o planeta novo com o telescópio de Samuel Oschin de 48 polegadas outubro em 31, 2003. O objeto foi tão faraway, entretanto, que seu movimento não estêve detectado até que reanalyzed os dados em janeiro deste ano. Nos últimos sete meses, os cientistas têm estudado o planeta para melhorar a estimativa seu tamanho e seus movimentos. " Nós temos 100 por cento confiáveis que este é o primeiro objeto mais grande do que Pluto encontrado nunca no sistema solar exterior, " Brown adiciona. Direita: O planeta novo, circundado no branco, move-se através de um campo das estrelas outubro em 21, 2003. As três fotos foram desmontadas aproximadamente 90 minutos. Crédito de imagem: Telescópio de Samuel Oschin, obervatório de Palomar. [Mais] Os telescópios não revelaram ainda o planet' disco de s. Para estimar como grande é, os astrónomos devem confiar em medidas do planet' brilho de s. Como todos os planetas, este novo brilha presumivelmente refletindo a luz solar. Mais grande o planeta, em linhas gerais, mais grande a reflexão. A reflectância, a fração da luz que salta fora do planeta, não é sabida ainda. Não obstante, é possível ajustar limites no planet' diâmetro de s: " Mesmo se refletiu 100 por cento da luz que alcanga o, ainda seria tão grande quanto Pluto, " diz Brown. Pluto é 1400 milhas (2300 quilômetros) largamente. " I' d diz it' s provavelmente [aproximadamente] um e meias épocas o tamanho de Pluto, mas we' re não sure." O planet' o nome provisório de s é 2003 UB313. Um nome permanente foi propor pelos descobridores à união astronômica internacional, e estão a decisão deste corpo antes de anunciado o nome. Estada ajustada!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Li esta entrevista, em uma comunidade que participo, achei interessantissíma e não podia deixar de postar. Muito fã de César Lattes!

César Lattes: "Albert Einstein é uma farsa"


Artur Araujo


Reportagem publicada no dia 5 de agosto de 1996 no jornal Diário do Povo (Campinas / São Paulo / Brasil)




Ele é o maior físico brasileiro deste século. Por duas vezes, esteve a um passo de ganhar o Prêmio Nobel. Na primeira vez, em 1947, pela descoberta de uma partícula que integra o núcleo do átomo: o méson pi. Na segunda vez, em 1948, por haver produzido artificialmente o méson pi, a mesma partícula que descobriu em laboratório

César Lattes, nascido Cesare em 1924 em Curitiba, filho de pais italianos, encarna um pouco aquele estilo de gênio polêmico e excêntrico.

Além de seus méritos como cientista, Lattes tem em seu currículo o fato de ter sido um dos co-fundadores da Unicamp em 1962. Desde 63, Lattes vive em Campinas, próximo à universidade.

E foi em sua casa que César Lattes recebeu a reportagem do Diário para a entrevista. Uma casa branca, ao estilo antigo, com vários quadros (inclusive três de Portinari), diversos discos de vinil (ele não gosta de cds), estatuetas de santos e, obviamente, livros (não só de ciências, mas também de arte, e uma grande Bíblia).

O cientista dispõe de uma página dedicada a ele na Internet , produzida pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. A seguir, os principais trechos da entrevista.




Professor, o que vem a ser exatamente o méson pi?
César Lattes - O méson pi é uma particula integrante do núcleo do átomo. Ela é apontada como uma das principais responsáveis pela integridade do núcleo, impedindo-o de desintegrar-se.

Há alguma aplicação tecnológica para essa descoberta atualmente?
César Lattes - No momento, não, mas há a possibilidade de usar o méson pi no tratamento radioterápico contra o câncer. Existe um estudo neste sentido na Inglaterra. Os raios gama produzem um estrago muito grande não só no tumor como na região em volta. E o méson pi seria mais eficiente no combate à doença, porque concentra-se praticamente só no tumor. É uma tecnologia ainda em estudos. Há também a possibilidade da produção de raios-X de maior precisão, que poderia ser aplicado na análise de ligas metálicas.

O senhor quase ganhou por duas vezes o Prêmio Nobel, não é mesmo?
César Lattes - O inglês Cecil Frank Powell ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1950. Ele levou o prêmio pelo método de revelação fotográfica da partícula do meson pi. Era mais o velho de nós e era também inglês. Havia também o italiano Guiseppe Occhialini. Eu tinha 23 anos quando participei da descoberta, em 1947. Era muito novo. Ele era o professor residente em Bristol e nós pesquisadores associados. O prêmio acabou ficando para ele...

Em 1950, o senhor tinha 26 anos, um ano a mais que Einstein quando ele recebeu o Nobel...
César Lattes - Já imaginou que problema eu teria? Iria passar o resto da vida fazendo cartinhas de recomendação como o Einstein. Graças a ele, muitos maus cientistas conseguiram bons cargos em universidades.

E a segunda vez?
César Lattes - A segunda vez está relacionada à produção artificial de mésons. Isso foi no ano seguinte à descoberta do méson pi, em 1948. Essa pesquisa eu desenvolvi com o físico norte-americano Eugene Gardner. Na época, a comissão do Prêmio Nobel se interessou, e chegou a enviar uma carta para mim por meio da Universidade do Brasil, atual Universidade do Rio de Janeiro. Só que a burocracia interna fez com que a carta só fosse entregue a mim um ano depois. Neste período, meu parceiro de pesquisa morreu. E como não se dá prêmio póstumo, perdi a oportunidade.

Professor Lattes, o físico inglês Stephen Hawking afirmou, em seu livro "Uma breve história do tempo" que os físicos têm gasto tempo demais na pesquisa da física de partículas. O senhor concorda com isso?
César Lattes - Aquele livro é uma droga, uma porcaria. Ele não tem representatividade nenhuma na física. Sua fama é fruto só da imprensa. Ele é um mau caráter. O resumo da biografia do Newton que ele fez mostrou que ele morre de inveja do Newton. Hawking chamou o maior físico de todos os tempos de mau caráter, que gostava de dinheiro... é um pobre coitado.

Mas ele é um físico muito conceituado...
César Lattes - Ele pode ser conceituado na imprensa, mas não é conceituado no meio científico.

O senhor é tido como um crítico de Einstein, não é mesmo?
César Lattes - Einstein é uma fraude, uma besta! Ele não sabia a diferença entre uma grandeza física e uma medida de grandeza, uma falha elementar.

E onde exatamente ele cometeu a falha a qual o senhor está falando?
César Lattes - Quando ele plagiou a Teoria da Relatividade do físico e matemático francês Henri Poincaré, em 1905. A Teoria da Relatividade não é invenção dele. Já existe há séculos. Vem da Renascença, de Leonardo Da Vinci, Galileu e Giordano Bruno. Ele não inventou a relatividade. Quem realizou os cálculos corretos para a relatividade foi Poincaré. A fama de Einstein é mais fruto do lobby dele na física do que de seus méritos como cientista. Ele plagiou a Teoria da Relatividade. Se você pegar o livro de história da física de Whittaker, você verá que a Teoria da Relatividade é atribuída a Henri Poincaré e Hawdrik Lawrence. Na primeira edição da Teoria da Relatividade de Einstein, que ele chamou de Teoria da Relatividade Restrita, Ele confundiu medida com grandeza. Na segunda edição, a Teoria da Relatividade Geral, ele confundiu o número com a medida. Uma grande bobagem. Einstein sempre foi uma pessoa dúbia. Ele foi o pacifista que influenciou Roosevelt a fazer a bomba atômica. Além disso, ele não gostava de tomar banho...

Então o senhor considera a Teoria da Relatividade errada? Aquela famosa equação "E=MC²" está errada?
César Lattes - A equação está certa. É do Henri Poincaré. Já a teoria da relatividade do Einstein está errada. E há vários indícios que comprovam esse ponto de vista

Mas, professor, periodicamente lemos que mais uma teoria de Einstein foi comprovada...
César Lattes - É coisa da galera dele, do lobby dele, que alimenta essa lenda. Ele não era tudo isso. Tem muita gente ganhando a vida ensinando as teorias do Einstein.

Mas, e o Prêmio Nobel que ele ganhou por sua pesquisa sobre o efeito fotoelétrico em 1921?
César Lattes - Foi uma teoria furada. A luz é principalmente onda. Ele disse que a luz viajava como partícula. Está errado, é somente na hora da emissão da luz que ela se apresenta como partícula. E essa constatação já tinha sido feita por Max Planck.

O senhor chegou a conhecer os grandes físicos naquela época em que esteve na Europa e nos Estados Unidos?
César Lattes - Conheci os irmãos Oppenheiner, o Robert e o Frank, que foram bons amigos meus. O Robert era mais um filósofo.

Mas foi ele que comandou o projeto da bomba atômica.
César Lattes - Sim. Ele coordenou a parte de Los Alamos, que produziu as primeiras bombas. Mas o Robert não era a favor da bomba. Ele se recusou a fazer a bomba de hidrogênio e foi colocado de lado por isso. Frank não era tão filósofo assim. Ele era mais pragmático. Ambos terminaram marginalizados por causa do macartismo, que perseguia esquerdistas nos EUA nos anos 50. Já o Enrico Fermi eu conheci superficialmente.

Por que o senhor não se transferiu para o exterior?
César Lattes - Não sou mercenário. Não me vendo, ainda mais para fazer guerra.

Estive vendo que o senhor tem três quadros de Portinari, um até com dedicatória...
César Lattes - Comprei uma gravura em aguaforte, que é um trabalho em série, em uma exposição. Quando ele ficou sabendo, veio correndo e me entregou uma segunda aguaforte com uma dedicatória ("Para o Lattes, glória do Brasil, e para Martha, com a auspiciosa admiração de Portinari"). O terceiro quadro, ele me deu tempos depois. Foi feito a lápis e reproduz uma cena da minha infância, que ele produziu de forma impressionante. Parecia até que ele tinha estado lá.

O senhor considera satisfatório o nível da física praticada hoje em dia no Brasil?
César Lattes - Não.

Por que?
César Lattes - Acho que hoje há muita química e pouca física nos centros de pesquisa do País. Atualmente, a moda na ciência é a física analisar as propriedades dos materiais. O que, para mim, está mais para a química do que para a nossa disciplina. Além disso, esse tipo de saber tem pouca aplicação no Brasil. Para quê indústria está se fazendo essa pesquisa? Para as indústrias dos países ricos.

Para onde então deveria se dirigir os esforços de pesquisa?
César Lattes - Para as fontes de energia alternativas e baratas. Haveria muito mais potencial de aplicação aqui desse tipo de conhecimento.

Qual sua avaliação da qualidade atual de nossas universidades?
César Lattes - Bem, a USP hoje em dia para mim está fossilizada. Deitou na fama e acomodou-se. Não há criatividade lá, como houve no passado. O caso da Unicamp não é muito diferente. Hoje em dia, valorizam-se mais os títulos e cargos do que a pesquisa pura nas universidades. Há papéis e computadores demais e reflexão e criatividade de menos. Outro problema, principalmente no caso da Unicamp, que conheço mais, é o inchaço do corpo burocrático, que consome a maior parte das verbas destinadas à universidade.

Qual problema o senhor vê com os computadores?
César Lattes - O computador trouxe uma certa preguiça intelectual para alguns cientistas. Pensa-se menos hoje em dia. Eu chegaria a dizer que alguns cientistas nem sequer pensam. Ficam dependentes do computador e deixam de lado a criatividade.

E como o senhor vê atualmente o papel do governo na educação?
César Lattes - Equivocado demais nas universidades federais, que estão com suas burocracias inchadas e nada preocupadas com a pesquisa primária, que é muito importante e fundamental.

Há muito tempo, a física descarta a hipótese da existência de Deus. Atualmente, como está a relação entre a religião e a ciência?
César Lattes - Acho que você está enganado. O maior de todos os físicos, Isaac Newton, pesquisou a Matemática e a ótica, mas também a alquimia e dedicou-se à pesquisa do Apocalipse de São João. O matemático que estabeleceu as bases da mecânica quântica acreditava em Deus.

Estive notando, o senhor fuma muito, e ainda por cima cigarro sem filtro...
César Lattes - Nem tanto assim. Fumo os sem filtro porque os de filtro fazem mal à saúde e, com os sem filtro, termino fumando só a metade do cigarro. Eu acabo por fumar um maço e pouco, no máximo dois. Além disso, o fumo e o café são estimulantes intelectuais.

Mas o fumo não faz mal à saúde?
César Lattes - Há muita estatística. Eu costumo dizer que, quando há muita estatística, é porque Deus ainda não se decidiu.

Estava notando a sua coleção de discos. O senhor não tem cd?
César Lattes - A gravação em cd é uma porcaria. Não registra direito graves e agudos. Então, procuro em sebos e compro um monte de discos de vinil de Vivaldi e Beethoven por R$ 1 e R$ 2.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008